quarta-feira, 1 de maio de 2013

Dor



Chega sem ser anunciada, instala-se de mansinho . . . sobe um pouco de cada vez. Sem que muito tempo tivesse passado controla já parte direita dos meus movimentos. O receio de algo mais sério . . .o medo começava apoderar-se. A cada tecla uma pontada. . . a cada movimento, cada deslizar do rato um novo sentir. Respiro fundo ajuda a esquecer . . . a desviar a atenção deste novo, velho sentir. Uma linha . . . uma fina e delicada linha percorre os meus
dedos, segura o meu pulso. . . liga o meu cotovelo. . .segue até ao ombro. Parou, acumulou. Uma linha armadilhada segura por dentro, uma fina linha que limita, que condiciona a liberdade do querer . .  a liberdade do desejo, de percorrer curvas e recantos meus. Sentir o desejo a crescer a humedecer. . . e nada posso fazer. ali fico deitada, de olhos fechados esperando que chegue aquelas mãos fortes e suaves. Aqueles dedos marotos que percorrem as minhas pernas chegando a mim. . . . ali estou de olhos fechados deitada esperanto que chegue . . .


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